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Cultura Livre | 4 a 10 de maio

Na semana de 4 a 10 de maio da Quarentena Feminista, sublinhamos vários conteúdos culturais, disponíveis a partir de tua casa. Porque a Cultura é um direito de todxs.


Televisão

4 de Maio às 23:25 na RTP2

Love Film Festival

Luzia e Adrián, uma argumentista brasileira e um ator colombiano, conhecem-se e apaixonam-se num festival de cinema em Portugal, em 2009. Uma história de amor que é vivida ao longo de seis anos, sempre em festivais de cinema ao redor do mundo. Nessa mistura entre ficção e realidade, tudo é possível, e o casal revive clássicas cenas românticas de filmes.

Filme que marca a estreia na realização da escritora e argumentista brasileira Manuela Dias.


5 de Maio às 01:04 na RTP1

Graças a Deus

Uma história baseada em fatos reais dos abusos sexuais praticados pelo padre Bernard Preynat a centenas de jovens escuteiros.


8 de Maio às 22:35 na RTP3

Uma Coisa Passageira

A história de um pai e filho que enfrentam os desafios de uma agricultura e de um mundo em mudança.


6 de Maio às 01:20 na FoxMovies

Três Cartazes à Beira da Estrada

A história de Mildred Hayes, uma mulher na casa dos 50, que inicia uma guerra contra a força policial local, considerando-a incapaz de resolver o homicídio da sua filha.


10 de Maio às 23:15 na RTP2

Caravaggio

Caravaggio, nascido Michelangelo Merisi, entrou para a história devido às suas pinturas de grande intensidade dramática. Ao longo da vida, Caravaggio aventurou-se para além do limite do aceitável.

Bailado do coreógrafo italiano Mauro Bigonzetti.


 

Disponível Online


Filmes e Documentários

Ines é uma independente. Quando o pai lhe aparece inesperadamente, Ines não consegue esconder a sua contrariedade. Embora leve uma vida perfeitamente organizada sem qualquer solavanco, quando o pai lhe pergunta: "És feliz?", a sua incapacidade em responder desencadeia uma perturbação profunda.


Na família de João Fernandes começam a sentir-se os primeiros rumores da revolução. O aclamado filme de Tiago Guedes está aqui disponível em formato de série.


Cenas da vida doméstica de uma família portuguesa da média burguesia, alternadas com atualidades sobre a ascensão, glória e queda do salazarismo, onde se constrói um paralelismo entre a figura do chefe de família tradicional e o ditador.

Filme de Wolfgang Becker, com música de Yann Tiersen ("O Fabuloso Destino de Amélie Poulain"), que relata um capítulo marcante da história alemã e europeia, a queda do muro de Berlim, as mudanças políticas, sociais e culturais que desencadeou e a forma como afetou as pessoas que acreditavam no mundo socialista.


"As Armas e o Povo" é o mais célebre filme da revolução portuguesa. Rodado durante a semana entre o 25 de Abril e o 1º de Maio de 1974, junta as grandes movimentações de massas aos discursos de Mário Soares e Álvaro Cunhal e a libertação dos presos políticos. "As Armas e o Povo" é também um manifesto sobre a relação entre cinema e política, não apenas como mero difusor dos acontecimentos, mas sobretudo como participante ativo do ato revolucionário.


Teatro

O Teatro Nacional D. Maria II leva a sua sala de espetáculos até tua casa e disponibiliza online uma produção, das que constituem o seu portefólio, todas as sextas e sábados às 21:00H.


al mada nada celebra a sensualidade, a cor, o movimento, coisas que Almada Negreiros viveu apaixonadamente. Partindo sobretudo de Saltimbancos – texto único da nossa literatura, obsessivamente físico e sexual –, al mada nada instalanos numa vila portuguesa à beiramar.

Disponível entre 8 e 10 de Maio.


Música

Concerto da Orquestra Gulbenkian e Mário Laginha, sob a direção do Maestro Pedro Neves, no âmbito das comemorações dos 60 anos da Fundação Calouste Gulbenkian, realizado no Anfiteatro ao Ar Livre.


 

Nota: partilhamos a carta / manifesto enviado aos presidentes da República e da Assembleia da República, ao primeiro-ministro e à ministra da Cultura.


Unidos pelo Presente e Futuro da Cultura em Portugal

Exmo. Sr. Presidente da República, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República, Exmo. Sr. Primeiro-Ministro, Exma. Sra. Ministra da Cultura,


Nos dias 19 e 26 de abril de 2020 reuniram-se as seguintes estruturas representativas do setor: Fundação GDA; Plateia – Associação de Profissionais das Artes Cénicas; CENA-STE – Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos; Performart – Associação Para As Artes Performativas em Portugal; Acesso Cultura; Rede – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea; e os grupos formais e informais – Precários Inflexíveis; Artesjuntxs; Artistas 100%; Comissão Profissionais das Artes; Intermitentes Porto e Covid; Independentes mas Pouco; M.U.S.A. – Movimento de União Solidária de Artistas; e Ação Cooperativista – Artistas, Técnicos e Produtores.


Deste encontro saiu a clara afirmação de que estas estruturas e grupos, formais e informais, que representam trabalhadores da Cultura e das Artes, estão unidos e empenhados em dialogar para encontrar as medidas urgentes necessárias a implementar neste panorama de emergência gerado pela Covid-19. Ao mesmo tempo, consideramos fundamental agir com responsabilidade cívica, não deixando o futuro para trás.


A Cultura e as Artes são vetores estruturais para o desenvolvimento de toda a sociedade civil portuguesa. Também por isso, importa promover a articulação entre as várias instâncias, num diálogo concertado entre o Ministério da Cultura e os Ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social; das Finanças; da Educação; e da Economia (também a Secretaria de Estado do Turismo).


O território dos trabalhadores da Cultura e das Artes aqui considerado é bem mais vasto do que a visão normalmente redutora deste setor, incluindo uma multiplicidade de profissões cujo mapeamento é gravemente insuficiente. Reconhecendo esta transversalidade e diversidade, manifestamos a nossa vontade em colaborar no sentido de uma maior justiça e equidade, tendo em conta as necessidades sociais de milhares de trabalhadores de todo o país.


Ao contrário do que tem sido declarado publicamente, as medidas transversais de emergência – entenda-se: medidas de proteção da Segurança Social para trabalhadores independentes e medidas de apoio de emergência do Ministério da Cultura – deixam de fora um número substancial de profissionais desta área. Os casos em situação dramática que vão sendo conhecidos revelam a magnitude da calamidade. Dramática é também a suborçamentação crónica do Ministério da Cultura e a sua falta de capacidade de dialogar com o setor de forma informada, transparente e séria.


Apelamos à criação de uma estratégia a curto, médio e longo prazo para a Cultura e para as Artes, que venha responder a necessidades urgentes:


1. A implementação de medidas de emergência que garantam uma efetiva proteção social, tendo em vista a consagração legislativa da especificidade de intermitência do trabalhador da Cultura e das Artes;


2. A disponibilização de um Fundo de apoio de emergência com valores dignos, adequados à dimensão e ao impacto da situação de emergência no setor.


Paralelamente, este é o momento da criação das bases para:


1. Legislar, adequando a uma perspetiva de futuro, as medidas específicas geradas pela situação de emergência, incluindo também a contratação pública;


2. Mapear o território cultural e artístico e a construção de uma verdadeira política cultural.


Acreditamos que a união destes diferentes grupos e indivíduos e a criação de estratégias em conjunto são sinais inequívocos da disponibilidade de diálogo e solidariedade do setor.


O tempo do presente é de emergência e precisa de respostas e ações, mas estas têm de integrar um trabalho com visão de futuro.



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